terça-feira, 23 de novembro de 2010

Combate ao crack ajuda a diminuir criminalidade no RS

Estatísticas mostram que as campanhas despertaram a sociedade para a necessidade de cobrar soluções


A mobilização contra a epidemia de crack no Estado, que teve um reforço por meio de campanhas como a Crack, Nem Pensar, já contabiliza benefícios medidos não só em número de apreensões, mas também na queda na criminalidade.

Estatísticas mostram que as campanhas despertaram a sociedade, a qual, por sua vez, aumentou a pressão por soluções junto às autoridades.

A guerra contra o crack se intensificou justamente nos dois últimos anos, quando foi estimado que a droga já ameaça 50 mil famílias gaúchas. Segundo policiais e especialistas, a captura de traficantes, aliada ao desmantelamento de quadrilhas especializadas e de receptadores, reduz furtos e roubos porque tira das ruas os responsáveis por trocar os produtos dos crimes por droga.

— É perceptível para nós. Sem o tráfico, os elos vão enfraquecendo. Isso acaba diminuindo os casos de roubos e furtos praticados por usuários ou por pequenos traficantes — atesta João Bancolini, diretor do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), um dos principais órgãos gaúchos de repressão a entorpecentes.

Para a coordenadora do Departamento de Álcool e Outras Drogas da Associação de Psiquiatria do Estado, Carla Bicca, as mobilizações têm o mérito de induzir os governos a revigorar as políticas de saúde de tratamento. Mas pondera que o crack não é a única vilã, outras drogas também matam.

A receita da Restinga

Os efeitos positivos da mobilização social podem ser medidos no bairro Restinga, na zona sul da Capital. Articulados para combater o tráfico potencializado pelo crack, policiais e moradores começam a perceber um resultado que o Estado ainda não conseguiu atingir: o número de homicídios está caindo em comparação a anos passados.

Por trás da maior parte das mortes, os traficantes sofrem ataques em três fronts distintos. Além da repressão policial e da troca de informações entre agentes e moradores, escolas, instituições comunitárias e Brigada Militar têm investido na conscientização de crianças e adolescentes. Pelo menos 700 estudantes do Ensino Fundamental participam por ano do Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), da Brigada.

— O que eles aprendem nas palestras é trabalhado durante o resto do ano com os professores — ressalta a diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nossa Senhora da Conceição, Sandra Schizzi.

O soldado Júlio César Santos de Souza explica que o trabalho desenvolvido na Restinga é diferente do executado em escolas de outros bairros cobertos pelo 21º BPM.

— Na Restinga, muitas crianças e muitos adolescentes vivem o problema dentro de casa. O assédio dos traficantes é maior. Por isso, temos de reforçar a autoestima desses alunos, para que tenham força de driblar as drogas. Não se trata apenas de dizer que faz mal — avalia o PM.

Fora das salas de aula, a aproximação dos moradores com as polícias se dá nos conselhos comunitários e no Programa Polícia Cidadã da BM.


Os números
Dados de janeiro a setembro na Restinga:
Prisões de traficantes pela BM
2008: 34
2009: 71
2010: 81
Homicídios
2008: 28
2009: 24
2010: 19

Campanha embala dois Estados

Lançada em maio de 2009, a campanha Crack, Nem Pensar mobilizou as comunidades do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina contra a droga que transforma jovens em mendigos, arrasa famílias e aciona o gatilho da violência. Teve o mérito de unir sociedade, instituições, especialistas e autoridades no enfrentamento ao que já é qualificado como epidemia pelo seu poder devastador.

A campanha serviu para alertar gaúchos e catarinenses para um quadro assustador: o crack vicia de imediato, liquida a saúde, humilha seus dependentes e apresenta um índice de recuperação quase nulo. A conscientização e as ações concretas nortearam a campanha. As peças publicitárias – criadas pela Agência Matriz, de Porto Alegre – expressam, por meio de imagens impactantes, situações de destruição física e moral.



As ações
- Calcula-se que mais de 1 milhão de automóveis, caminhões e motos circularam com o adesivo Crack, Nem Pensar
- Cerca de 250 mil cartilhas foram distribuídas em escolas
- Comunicadores, comentaristas e colunistas do Grupo RBS foram às ruas para divulgar a campanha
- Em 2010, na segunda fase, foram distribuídas pulseiras de silicone emborrachado, nas cores cinza, vermelho e preto, com a inscrição Crack, Nem Pensar
- Sob coordenação da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho, o Portal Social contempla 20 instituições com projetos antidrogas.

FONTE RBS

Instituto Crack Nem Pensar é novo aliado na luta contra a droga

Solenidade de assinatura do protocolo de cooperação será às 11h desta terça-feira


Para ampliar a rede de parcerias e as ações contra uma das principais chagas sociais, sete entidades públicas e privadas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina lançam hoje o Instituto Crack Nem Pensar. É reforço na mobilização contra a epidemia, que já contabiliza benefícios medidos não só em número de apreensões, mas também na queda na criminalidade

O combate à droga que se tornou um flagelo social ganha nova ofensiva a partir de hoje, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com a criação do Instituto Crack Nem Pensar.

Formada por sete entidades públicas e privadas dos dois Estados, a organização irá produzir conhecimento, ampliar a rede de parcerias e fomentar ações qualificadas contra o crack.

A solenidade de assinatura do protocolo de cooperação será às 11h de hoje, no Salão Nobre do Grupo RBS, em Porto Alegre, com a presença dos parceiros. O instituto reforçará a campanha Crack, Nem Pensar, que vem sendo promovida desde maio de 2009 pela RBS, mobilizando gaúchos e catarinenses.

Com sede inicial em Porto Alegre, o instituto é fundado no momento de maior repressão policial e de conscientização das pessoas sobre os malefícios do crack. Números da Secretaria da Segurança Pública e das polícias expõem que a prisão de traficantes e as apreensões da droga sobem pelo menos 15% no ano. São quase 4,3 mil pedras retiradas de circulação, na média diária, por Brigada Militar e Polícia Civil. Um dos reflexos positivos é a queda nos índices de criminalidade. Os casos de roubo de veículos, por exemplo, despencaram 18% nos primeiros 10 meses de 2010.

O Instituto Crack Nem Pensar será uma organização de direito privado, sem fins lucrativos. Nasce para gerar conhecimento sobre o tema, treinar agentes sociais no enfrentamento à droga, articular redes de atuação e subsidiar políticas públicas. A gerência, a estrutura e o modelo de operação serão detalhados em breve. Será um desdobramento da campanha Crack, Nem Pensar, cujos objetivos foram superados, na avaliação do presidente do Grupo RBS, Nelson Sirotsky:

— A campanha contra o crack alcançou um resultado extraordinário nos dois Estados e agora é uma luta de todos. Estamos muitos satisfeitos em ver que a grande mobilização da sociedade será mantida por meio do Instituto Crack Nem Pensar, uma instituição que nasce para reduzir a carência de informações e treinamento sobre as drogas no país e, tenho certeza, em breve será uma referência nacional para profissionais da área.

O Instituto Crack Nem Pensar pretende amplificar o mutirão social. Uma das primeiras medidas será instalar o Observatório sobre o Crack e outras Drogas, um centro de referência que contará com um banco de dados para mapear as práticas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no país. As informações serão centralizadas em um site, com indicadores sobre o assunto.


Os parceiros
As organizações gaúchas e catarinenses que formarão o Instituto Crack Nem Pensar:
- Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP)
- Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul (AMP/RS)
- Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris)
- Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)
- Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho
- Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

FONTE RBS

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Como ter a sua camiseta da campanha Crack, Nem Pensar


Manoél Carlos ensina como aderir a campanha crack, nem pensar, e como ter a sua camiseta personalizada

Campanha Crack, Nem Pensar - chega a Mato Grosso do sul


Campanha Crack, Nem Pensar - chega a Mato Grosso
A Promotoria de Justiça da cidade de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul iniciou a campanha Crack, Nem Pensar na cidade. As primeiras palestras foram realizadas na Escola Municipal Carlos Chagas no dia 25 de outubro de 2010. Nos períodos matutino e vespertino, o servidor Denis Cruz esclareceu os alunos a respeito dos danos causados pela droga. No período noturno, pais, alunos e professores acompanharam a exposição do Promotor de Justiça Eduardo Fonticielha de Rose.
Durante os eventos, foi utilizado o material didático criado pelo Grupo RBS (de forma clara e objetiva são demonstradas as consequências do uso do entorpecente). O representante do Ministério Público ressaltou a importância do debate: “Precisamos alertar a sociedade a respeito do nefasto efeito dessa droga. Nossos jovens precisam ser informados. Essa obrigação é todos: pais, professores e servidores públicos.” A campanha continua no dia 8 de novembro na Escola Municipal José Honorato